domingo, 28 de dezembro de 2008

Pérolas....

Isso,que agora serás contado,aconteceu no inverno...à muito e muito tempo atrás,nao sei bem quanto tempo ao certo...o local...é indeterminado...
Uma moça...uma princesa que havia herdado a falência de seu pai,que perdera tudo em jogos,era casada com um lindo rapaz à quem amava muito...sua subsistência era mantida com muito esforço de seu marido...Já era quase o fim desse inverno...e nesse período de lindos campos cobertos de neve,estava ela andando no jardim de sua humilde casa...encontrou um estranho copo...um copo mágico...de repente uma lágrima escorreu sobre sua face e caiu dentro do copo,naquele momento sua lárima se transformou em uma pequena pérola...entao descobriu que cada lágrima que chorasse se transformariam em valiosas pérolas...tais pérolas poderiam salva-los da miséria...mas ela tentou de todas as formas, porém lágrima alguma conseguia expelir de seus olhos...
Um dia estava ela sentada no topo de uma gigantesca montanha de pérolas...em sua mao esquerda havia uma dága encharcada de sangue...e em seu colo seu marido...Morto!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Inocultável...

Havia então...uma pequenina menina,que olhava para o céu,e achava que as nuvens eram de algodão,e fazia delas bichinhos...que tinha um sorriso cativante,e seu pequeno coraçãozinho era repleto de esperanças...o brilho de seus verdes olhos destacavam sua pureza...
uma menina que adorava natureza e,correr descalça e livre como os passarinhos...que queria um dia poder voar como aquelas belas aves...uma menina inocente e feliz...
Que tentava um dia poder contar quantas estrelas há no céu...e que queria ir para lua,pois adora queijo...e era isso que ela pensava...que a lua fosse de queijo...
Uma menina que não tinha medo de grilos e que adorava joaninhas...
que adorava o perfume de rosas e orquídeas...
Seu sonho era poder ficar ali pra sempre...dentre plantas e bichos...
Gostava de tomar banho nos rios,e adorava o cheiro da chuva...
era de estatura pequenina...mas de grande alma e bondade...
e todos os dias deitava na grama...e ficava ali...observando a vida ao seu redor...
Mas o tempo sempre passa...o ingrato tempo...nunca pára pra ninguém...
A medida em que o tempo foi passando...ela crescera muito depressa e já não era mais a mesma menina de sempre...não tinha mais a mesma inocência de quando criança,pois o mundo lhe ensinara a não ser ingénua...
As nuvens já não eram mais bichinhos...não achava mais os passarinhos tão encantadores...trocou o solo barrento do sítio de seu pai,por saltos agulha fazendo : clak,clak em cima do concreto...
seus verdes olhos eram contornados com lápis,e já não tinham tempo para observar a vida...
seu sonho já não era o mesmo...ou melhor...sonhos não tinha mais...
não tinha mais esperanças...
tinha medo de barata...
a chuva já não lhe agradava mais...pois se chovesse se atrasaria para os compromissos...
ela já não era mais feliz...
seu mundo estava desgastado e decadente...já não era mais perfeito...tinha se instalado em seu coração a inusitada "realidade"...
Então tinha ela perdido as lembranças e alegrias??...aqueles momento eram SIM os únicos momentos felizes que tivera...esquecera de sua infância e de seu passado??...aparentemente sim...
Mas a vida é realmente isso...apenas esquecimento???...se essa for a realidade...prefiro eu viver no mundo dos sonhos...onde a esperança nunca se gasta...e ser pra sempre uma criança...com recordações inocultáveis...mesmo que com o tempo passado nunca acabe a lembrança...e eu morra no esquecimento...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Um pedaço do intacto...

Muitas vezes insurrecto...muitas vezes disciplinado...muitas vezes fugaz...
Estava ali,sempre parado...esperando um mero movimento...um mero soluço...
Porém nada acontecia...nem ao menos um sorrateiro vento...NADA.
Silêncio era a única coisa que queria...Silêncio...
De repente ouviu então uma agulha...e era aquilo...bastava uma simples agulha para lhe fazer perder a cabeça de uma forma intrigante e desesperadora...não podia fazer nada...apenas enlouquecer...cada vez mais assustador e terrível...
o som do vento...das árvores arranhando as janelas,o deixava cada vez mais histérico... sua mente insano era seu próprio cárcere...
Sua audição era magnifica...mas seu cérebro era retrógrado demais para acompanhar seu ouvido aguçado...
Não podia mais ouvir o som dos pássaros...do vento...aqueles sons eram o auge da sua insanidade...
então se isolou em baixo de lençóis límpidos e acústicos...onde não podia ouvir nada...apenas sua respiração e as batidas do seu próprio coração...
Não suportava mais...o barulho do seu próprio coração o perturbava...
Desesperadamente começou a dar gritos estridentes e incomodos...Silêncio...Silêncio...
até que de repente então parou...e se auto-questionou...:silêncio...eu preciso mesmo de silêncio???...mas o quê é o silêncio...é a ausência de som?! ou a ausência de vida?!...Eu não sei...eu só sei que quero!!!
Colocou as mãos sobre as orelhas,impedindo a passagem de qualquer ruído,e pôs a encolher-se como um feto...imóvel...intácto...